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Papiloscopista da Polícia Federal: tudo o que você precisa saber sobre o cargo

Por Izamara Compertino

Publicado em: 06/05/2025 | Atualizado em: 06 de maio de 2025 | 9 min de leitura

Conteúdo criado por humano

Se você está se preparando para concursos na área policial, com certeza já ouviu falar no cargo de papiloscopista da Polícia Federal, também conhecido como datiloscopista. Mas você sabe exatamente o que faz um papiloscopista na Polícia Federal e qual a importância dessa função?

Neste artigo completo, você vai descobrir tudo sobre o universo da papiloscopia, a ciência responsável pela identificação humana por meio das impressões digitais.

Vamos abordar desde a origem da papiloscopia, os processos utilizados, até as atribuições do papiloscopista policial federal. Continue a leitura e saiba por que essa pode ser a sua futura profissão!

O que é papiloscopia e como surgiu?

A papiloscopia é a ciência voltada para a identificação humana através das impressões papilares, localizadas nas pontas dos dedos, palmas das mãos e plantas dos pés. Há registros de que, desde a pré-história, essas marcas únicas já eram observadas, como indicam pinturas rupestres em cavernas.

A constatação de que cada indivíduo possui padrões únicos nas impressões papilares foi essencial para o desenvolvimento da papiloscopia como método de identificação.

Diversos pesquisadores contribuíram para consolidar essa ciência, com destaque para Galton, Vucetich e Henry, que criaram sistemas de classificação e análise das impressões digitais. Esses cientistas comprovaram que os sulcos e cristas formam desenhos exclusivos, tornando possível diferenciar qualquer pessoa.

Características das impressões papilares

As impressões digitais — termo popular para as impressões papilares — começam a se formar no embrião por volta da 10ª semana de gestação, com o desenvolvimento das papilas dérmicas. Um aspecto notável é que não existem duas pessoas no mundo com impressões digitais idênticas, nem mesmo gêmeos univitelinos.

Além de únicas, as impressões digitais são perenes e imutáveis, ou seja, permanecem durante toda a vida sem alterações significativas, salvo em casos de doenças, alergias ou lesões graves.

Esses atributos — universalidade, perenidade, imutabilidade e variabilidade — tornam a papiloscopia um método altamente confiável de identificação humana.

A ciência baseia-se principalmente na perenidade (durabilidade das impressões) e na imutabilidade (resistência a mudanças naturais), princípios fundamentais que garantem a precisão desse processo.

A singularidade das impressões digitais

O relevo formado pelas cristas e sulcos nas pontas dos dedos tem a função de aumentar a aderência ao tocar superfícies e, ao mesmo tempo, cria padrões exclusivos para cada pessoa.

Com base nesses padrões, cientistas como Vucetich elaboraram métodos de classificação ainda utilizados por polícias de diversos países, incluindo o Brasil.

A papiloscopia no Brasil

No Brasil, a papiloscopia começou a ser utilizada oficialmente no início do século XX, principalmente para a emissão de documentos, identificação de estrangeiros e investigações criminais.

Hoje, os Institutos de Identificação (IIs) estaduais, geralmente vinculados às Secretarias de Segurança Pública, são os responsáveis pela identificação civil e criminal.

Principais processos da papiloscopia

A papiloscopia abrange três processos principais:

  • Datiloscopia: identificação pelas impressões digitais;

  • Quiroscopia: identificação pelas impressões palmares (palmas das mãos);

  • Podoscopia: identificação pelas impressões plantares (plantas dos pés).

A datiloscopia é o método mais utilizado devido à facilidade de coleta e análise das digitais.

O que faz um papiloscopista da Polícia Federal?

O papiloscopista da Polícia Federal tem como função principal analisar impressões papilares para identificar pessoas, sendo essencial tanto em investigações criminais quanto em outras áreas de segurança pública.

Este profissional realiza perícias papiloscópicas, elabora laudos técnicos e gerencia bancos de dados de identificação.

Além de atuar diretamente na coleta e análise de impressões digitais, o papiloscopista da PF também lida com representação facial humana e prosopografia, ampliando sua gama de atribuições.

O trabalho envolve o reconhecimento, coleta e isolamento de fragmentos, elaboração de laudos periciais oficiais, e integração com sistemas nacionais e internacionais de identificação.

Com técnicas específicas, o papiloscopista consegue identificar criminosos, vítimas e desaparecidos, contribuindo diretamente para a segurança pública.

Como é a perícia papiloscópica?

A perícia papiloscópica faz parte da rotina do papiloscopista da policial federal e pode ocorrer em diversos locais: cenas de crime, veículos, embalagens de drogas, móveis, paredes, entre outros. O objetivo é localizar e coletar impressões digitais latentes (não visíveis a olho nu), usando pós reveladores e equipamentos específicos.

Cada etapa da perícia segue protocolos rigorosos de cadeia de custódia, garantindo a integridade da prova pericial. O uso de luvas, fotografias e vídeos documenta todo o processo para assegurar que a prova seja aceita no processo judicial.

Além disso, o papiloscopista é responsável por documentar a cadeia de custódia, registrando todas as etapas para garantir a autenticidade da prova até sua apresentação em juízo.

A perícia papiloscópica se torna uma ferramenta essencial para elucidar crimes e confirmar identidades com alto grau de confiabilidade.

Outras atribuições do papiloscopista na Polícia Federal

Além da análise de impressões digitais em locais de crime, o papiloscopista da Polícia Federal exerce outras funções relevantes:

Retrato falado

O papiloscopista realiza retratos falados, utilizando descrições de testemunhas para criar imagens que ajudem na identificação de suspeitos ou pessoas desaparecidas.

Esse recurso já foi crucial em casos famosos, como o assalto ao Banco Central de Fortaleza, onde o retrato falado contribuiu para a prisão de um dos envolvidos.

Necropapiloscopia

Outra área de atuação é a necropapiloscopia, dedicada à identificação de corpos por meio das impressões digitais. Esse trabalho foi indispensável em tragédias como Brumadinho, Mariana, o acidente da Chapecoense e o voo da Air France.

Nessas situações, a atuação conjunta da papiloscopia com a genética forense permitiu que famílias pudessem reconhecer e sepultar seus entes queridos.

Emissão de documentos e controle migratório

O papiloscopista da Polícia Federal também atuam na emissão de passaportes, garantindo a autenticidade das impressões digitais dos solicitantes e prevenindo fraudes.

Além disso, são responsáveis pela identificação de estrangeiros no controle migratório, impedindo a entrada de pessoas com mandados de prisão ou restrições legais.

Análise de documentos suspeitos

Outra função relevante é a análise de documentos suspeitos de falsificação. O papiloscopista compara os dados dos documentos com os registros oficiais, avaliando também as impressões digitais para detectar fraudes em identidades, cheques, contratos e outros documentos.

Por que o papiloscopista da Polícia Federal é essencial para a segurança pública?

A crescente demanda por segurança pública e identificação precisa de indivíduos reforça a importância do papiloscopista policial federal.

A papiloscopia, fundamentada na universalidade, perenidade, imutabilidade e variabilidade das impressões digitais, garante um método confiável de identificação humana, essencial para elucidar crimes, identificar desaparecidos e garantir a autenticidade de documentos.

O papiloscopista da Polícia Federal atua tanto na identificação criminal quanto na identificação civil, contribuindo para a proteção da sociedade e para a integridade das informações oficiais.

Se você busca uma carreira desafiadora, estável e de grande relevância social, o cargo de papiloscopista da Polícia Federal pode ser o caminho ideal. Com um amplo campo de atuação, essa profissão é indispensável para a segurança pública, tanto na esfera federal quanto estadual.

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